O volume III da Teologia Moral completa o tratado sobre os preceitos do decálogo, especificamente o sétimo, oitavo, nono e décimo mandamento em 636 páginas e 5.708 citações. Não é por menos que esta obra é a mais importante da história da Igreja no tema da moral.
Santo Afonso resolveu dois problemas morais de sua época. Aos rigoristas mostrou os erros do pessimismo protestante (jansenista) frente ao homem e as suas capacidades morais e aos laixistas a vida desapegada de qualquer freio moral entregues a uma misericórdia desacompanhada da justiça.
A Teologia moral, propõe uma síntese equilibrada e convincente entre as exigências da lei de Deus, gravada nos corações, revelada plenamente por Cristo e interpretada autorizadamente pela Igreja, e os dinamismos da consciência e liberdade do homem, consciência e liberdade que permitem a maturação e realização da pessoa, exatamente na adesão à verdade. Bento XVI afirmou em sua audiência geral de 30 de março de 2011: “Aos pastores de almas e aos confessores, Afonso recomendava que fossem fiéis à doutrina moral católica, assumindo ao mesmo tempo atitude caridosa, compreensiva, suave, para que os penitentes pudessem sentir-se acompanhados, apoiados, encorajados em seu caminho de fé e vida cristã. Santo Afonso nunca se cansava de repetir que os sacerdotes são sinais visíveis da infinita misericórdia de Deus, o qual perdoa e ilumina a mente e o coração do pecador, para que se converta e mude de vida”.